quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Algumas Reflexões Sobre Estética

Menina de Unhas Vermelhas

Na cabeceira da cama: o vidro de esmalte. Lê-se em grandes letras brancas: “cereja”. O gosto derrete na boca do passivo observador – Quer-se comer as unhas.
Seria a nomeação comestível apelativo (ou aperitivo)?
-Vamos roer as unhas?
No fundo, no fundo, o objetivo da pintura e talvez o mesmo que te faz roer as unhas. O nervosismo fá-la esconder.
As unhas pintadas de vermelho – uma boa estratégia – enganam os olhos e não os deixam ver quem realmente é. Nada se vê por detrás de unhas vermelhas – a não se uma mulher arrumada fingindo ou não ter classe.



Mulheres e Salões de Beleza

Antes de julgar uma mulher porque a mesma passa horas e horas fofocando no cabeleireiro lembre-se, meu amigo: ela faz isso por você (talvez 90% por você e 10% por ela).
Deixe-me explicar, uma menina (10, 11 anos de idade) que não costume ir ao cabeleireiro com muita freqüência, ainda tentará resistir as tentativas de fazê-la falar – trará um livro, uma revista um gibi e enquanto o cabeleireiro, a manicure ou quem quer que for tenta desesperadamente extrair algo dela ela só murmura por entre as páginas: aham, entendo, ahã e outras palavras-frases, suprindo a necessidade que estes profissionais tem de conversar.
Eis que, por ela ser “novata” é perdoada sem maiores problemas e o profissional sobrecarrega a próxima cliente com toda a sua demanda por fofocas, mas ao se tratar de alguém com uma idade mais elevada que já entenda como as coisas funcionam o resultado bem diferente.
Sim, aquele melhor amigo inofensivo de sua mulher (vulgo – o cabeleireiro) pode virar um monstro, puxá-la pelos cabelos e equivocadamente (de propósito) trocar a tintura chocolate por um vermelho-rubi.
Você não quer ser visto em companhia de uma vela ambulante, quer?
Então ao invés de reprimir-la dê motivos para fofocar.



Frase do dia: "Mulheres nunca são totalmente confiáveis- nem mesmo as melhores delas" (Arthur Conan Doyle)

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