sábado, 17 de novembro de 2007

Menu de hoje: Sapos – grandes e gordos.

Que patas de rãs que nada – brasileiro que é brasileiro engole um sapo inteiro.

Apagar incêndios já é há muito, especialidade de políticos brasileiros, mas o que me assusta é a capacidade do povo de engolir sapos...
Quer dizer, por mais indignante que seja o sistema de cotas, não se poderia esperar nada diferente de nosso governo – afinal é muito mais fácil decretar que alunos menos afortunados tenham uma parcela garantida de vagas em universidades públicas do que “consertar” o deficitário ensino público de base no País (o caso é simples: gasta menos dos cofres públicos).
È claro que só podia dar errado. Não me refiro à polêmica causada, embora só isso já fosse dor de cabeça suficiente, mas seu maravilhoso sistema de cotas serve apenas para atiçar o preconceito (racial e/ou social), pois muitos podem considerar que aquelas pessoas não “merecem” estar ali, ao menos não tanto quanto eles.
Mais triste é constatar que a classe média brasileira utiliza-se do jeitinho do Governo Federal, para proveito próprio e inscreve-se nas mais diversas cotas e torce para ser considerada, assim livra-se da culpa de não ter aprendido nada durante todos os seus anos em colégios de qualidade – coisa que não se pode dizer dos desafortunados fadados aos colégios públicos de segunda categoria.
O resultado é que as cotas não ajudam aos que deveriam ser ajudados, mas sim aos preguiçosos – playboizinhos, que não fazem absolutamente nada da vida, e só estudam para agradar seus pais.
E os bons alunos, independente do ensino que freqüentaram ou da cor de sua pele, engolem sapos. Agüentam os remendos do governo federal e os babacas que não sabem o que fazem na faculdade.

"Theories pass, the Frog remains" -Jean Rostand
Não sei se é uma boa frase do dia, mas caiu como uma luva.

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