quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

A mulher, Deus e o Diabo

Desculpem-me pelo desleixo, mas ando sem inspiração para escrever...
Fica então, uma reflexão sobre a criação... espero que gostem (recebi por e-mail esses dias).

Deus fez a mulher e houve harmonia no paraíso. O diabo vendo isso resolveu complicar.
Deus deu à mulher cabelos sedosos e esvoaçantes. O diabo deu pontas duplas e ressecadas.

Deus deu à mulher seios firmes e bonitos. O diabo os fez crescer e cair.

Deus deu à mulher um corpo de Barbie. O diabo inventou a celulite, as estrias e o culote.

Deus deu à mulher músculos perfeitos. E o diabo os cobriu com lipoglicerídios.

Deus deu à mulher uma voz suave, doce e melodiosa. O diabo a fez falar demais.

Deus deu à mulher um temperamento dócil. E o diabo inventou a TPM.

Deus deu à mulher um andar elegante; o diabo investiu no sapato de salto alto.

Então Deus deu à mulher infinita beleza interior. E o diabo fez o homem perceber só o lado de fora.


Mas que droga !!!


Só pode haver uma explicação para isso:"O diabo só pode ser V I A D O"

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Il Campanário ou Él Caminito*

A grande construção em Jurerê Internacional foi alvo de discussões desde quando era um projeto. Prometeu-se um Resort luxuoso de traços mediterrâneos, basicamente a Europa brasileira, localizada em uma das praias mais badaladas da capital Catarinense.

Os impactos ambientais e a irregularidade do empreendimento do ponto de vista legal são um tanto quanto questionáveis- aliás questionáveis não seria a palavra adequada, visto que há quase absoluta certeza de esquemas envolvendo a construção, mas certeza sem provas de nada adianta.

Não entraremos em mérito então, pois este assunto ficará para um post futuro, afinal precisarei de muitos caracteres para abordar o assunto da “lavanderia nacional”. Vim falar da construção em si.

Não sei alguém por aí teve o privilégio de passar em Jurerê Internacional nos últimos dias de sol, e se sim, se aproveitou de tal oportunidade para acompanhar o avanço do Il Campanário. È difícil não notar algo tão grande tampando a visão da praia. Ainda mais quando este nada discreto empreendimento tem cores variadas e arquitetura Ibérica.

Gozado! Tive um Déjà vu arquitetônico.

Excêntricos, estes ricos de hoje... Querem morar em favelas de luxo.

Frase de Hoje: "Hoje em dia conhecemos o preço de tudo e o valor de nada." Oscar Wilde


Nota: Caminito – casas aglomeradas construídas por marinheiros nos arredores do porto de Buenos Aires; “favelas coloridas” por utilizar-se dos restos de tinta remanescente nos navios. Atualmente uma atração turística muito visitada.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Algumas Reflexões Sobre Estética

Menina de Unhas Vermelhas

Na cabeceira da cama: o vidro de esmalte. Lê-se em grandes letras brancas: “cereja”. O gosto derrete na boca do passivo observador – Quer-se comer as unhas.
Seria a nomeação comestível apelativo (ou aperitivo)?
-Vamos roer as unhas?
No fundo, no fundo, o objetivo da pintura e talvez o mesmo que te faz roer as unhas. O nervosismo fá-la esconder.
As unhas pintadas de vermelho – uma boa estratégia – enganam os olhos e não os deixam ver quem realmente é. Nada se vê por detrás de unhas vermelhas – a não se uma mulher arrumada fingindo ou não ter classe.



Mulheres e Salões de Beleza

Antes de julgar uma mulher porque a mesma passa horas e horas fofocando no cabeleireiro lembre-se, meu amigo: ela faz isso por você (talvez 90% por você e 10% por ela).
Deixe-me explicar, uma menina (10, 11 anos de idade) que não costume ir ao cabeleireiro com muita freqüência, ainda tentará resistir as tentativas de fazê-la falar – trará um livro, uma revista um gibi e enquanto o cabeleireiro, a manicure ou quem quer que for tenta desesperadamente extrair algo dela ela só murmura por entre as páginas: aham, entendo, ahã e outras palavras-frases, suprindo a necessidade que estes profissionais tem de conversar.
Eis que, por ela ser “novata” é perdoada sem maiores problemas e o profissional sobrecarrega a próxima cliente com toda a sua demanda por fofocas, mas ao se tratar de alguém com uma idade mais elevada que já entenda como as coisas funcionam o resultado bem diferente.
Sim, aquele melhor amigo inofensivo de sua mulher (vulgo – o cabeleireiro) pode virar um monstro, puxá-la pelos cabelos e equivocadamente (de propósito) trocar a tintura chocolate por um vermelho-rubi.
Você não quer ser visto em companhia de uma vela ambulante, quer?
Então ao invés de reprimir-la dê motivos para fofocar.



Frase do dia: "Mulheres nunca são totalmente confiáveis- nem mesmo as melhores delas" (Arthur Conan Doyle)

sábado, 17 de novembro de 2007

Menu de hoje: Sapos – grandes e gordos.

Que patas de rãs que nada – brasileiro que é brasileiro engole um sapo inteiro.

Apagar incêndios já é há muito, especialidade de políticos brasileiros, mas o que me assusta é a capacidade do povo de engolir sapos...
Quer dizer, por mais indignante que seja o sistema de cotas, não se poderia esperar nada diferente de nosso governo – afinal é muito mais fácil decretar que alunos menos afortunados tenham uma parcela garantida de vagas em universidades públicas do que “consertar” o deficitário ensino público de base no País (o caso é simples: gasta menos dos cofres públicos).
È claro que só podia dar errado. Não me refiro à polêmica causada, embora só isso já fosse dor de cabeça suficiente, mas seu maravilhoso sistema de cotas serve apenas para atiçar o preconceito (racial e/ou social), pois muitos podem considerar que aquelas pessoas não “merecem” estar ali, ao menos não tanto quanto eles.
Mais triste é constatar que a classe média brasileira utiliza-se do jeitinho do Governo Federal, para proveito próprio e inscreve-se nas mais diversas cotas e torce para ser considerada, assim livra-se da culpa de não ter aprendido nada durante todos os seus anos em colégios de qualidade – coisa que não se pode dizer dos desafortunados fadados aos colégios públicos de segunda categoria.
O resultado é que as cotas não ajudam aos que deveriam ser ajudados, mas sim aos preguiçosos – playboizinhos, que não fazem absolutamente nada da vida, e só estudam para agradar seus pais.
E os bons alunos, independente do ensino que freqüentaram ou da cor de sua pele, engolem sapos. Agüentam os remendos do governo federal e os babacas que não sabem o que fazem na faculdade.

"Theories pass, the Frog remains" -Jean Rostand
Não sei se é uma boa frase do dia, mas caiu como uma luva.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Technology my blessing – my sin!

I’m feeling so ordinary at this right moment, can’t think of anything polemic to write about, so I was reading some quotes hoping they would help – they didn’t. Inspiration can’t be forced, it just… happens.
Truth is, I found a quote of a wonderful writer: “I never travel without my diary. One should always have something sensational to read in the train.” (Oscar Wilde)
I know, I know – not one of his best quotes at all – so why am I copying it? I couldn’t help thinking how rustic this sentence sounds nowadays… I mean, not that there aren’t people who write in diaries anymore. In fact, it’s much more interesting to do so, but people are more likely to type in a blog about their days, than write it in a journal of any kind. Nevertheless – trains?! I only stepped in a train three times in my whole life, and all of them were part of a tourist attraction. Let’s just face it: the world has changed!
Again, no surprises there… However, I bet you, my friend, never stopped to think about it: wouldn’t you love to write with one of those old quills in a yellowish journal with a lovely handwrite calligraphy, even if that meant it would take sometime and patience?
It is after all the beauty of old times, even if it meant most of those journal would be lost forever… (still it sounds romantic)

Romance, there it is, something missing in my life…

Frase do dia: “Romance should never begin with sentiment. It should begin with science and end with a settlement” (Oscar Wilde)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Hipocrisia na boca do povo

Tropa de Elite – eis um filme que abalou o País.

Talvez abalar não seja o termo correto e sim: “caiu na boca do povo”. Sim, porque por abalar subentende-se que ele seria responsável por conscientização e mudança de hábitos – que a meu ver não aconteceu.
Não conheço pessoas que morem em favelas e mesmo se conhecesse acredito que seria praticamente impossível que um filme, por melhor que fosse os fizesse modificar suas ações, o espaço reservado a oportunidades, para eles, é demasiadamente pequeno.
É claro que conheço pessoas que "puxam um" dia sim, dia não, e essas disseram adorar o filme, mas não se vêem na figura do playboy que financia o traficante, que mata seus amigos.
Mais estranho ainda, é que por mais incompreensível que sejam suas atitudes, eu continue os chamando de amigos e assim continuará enquanto suas ações não me afetarem diretamente.

Chocante a hipocrisia humana, não?!

Um questionamento: Quantas pessoas terão que morrer para deixarmos de ser estudantes universitários?

Frase do dia: “Ainda não tinha aprendido o quanto a natureza humana é contraditória; não sabia quanta hipocrisia existe nas pessoas sinceras, quanta baixeza existe nos nobres de espírito, nem quanta bondade existe nos maus.” (William Somerset Mauham)

domingo, 11 de novembro de 2007

"Superioridade" racial

Não sei o que doeu mais ao ler a matéria da Folha de semana passada: compreender que os brasileiros não passam de cidadãos de segunda classe (segunda ainda é muito talvez de quinta); entender que a vida de uns vale mais que de outros; ou ver nas ações de uma família o desespero por um mínimo aceitável de justiça e punição, mesmo que não em seu favor.

A matéria em questão é uma continuação do caso Jean Charles (brasileiro assassinado por “engano” pela polícia inglesa) que vem se arrastando há dois anos. Eis que a Scotland Yard, a mesma que escapou de pagar uma indenização à família do brasileiro, foi condenada a pagar US$ 364 mil [cerca de R$ 728 mil] aos cofres públicos ingleses porque seus atos foram considerados indevidos – puseram em risco a vida de milhares de ingleses inocentes.

Ora, não vou dizer que discordo, pois puseram mesmo a vida de milhares em risco em seus atos impulsivos. O medo meus senhores, transforma a mais racional das criaturas em um ser imprevisível e perigoso – agora imagine se o ser em questão está armado e não tem um emocional estável?! – o resultado não poderia ser outro – Caos!

O que custo a entender é como que os ingleses que além de não se ferirem, eram os “beneficiários” desta história toda (afinal, os policiais alegaram estar agindo a fim de proteger a população), podem ganhar uma causa contra a Scotland Yard que estava protegendo-os e a família do brasileiro ser deixada às favas.

Somos a ralé do mundo, o povo pobre que causa burburinhos e de quem os “nobres” riem com desdém. E os que deveriam estar nos ensinando a ser grandes, nos esmagam como insetos.

What a shame England, what a shame!

Frase de hoje: "Difícil compreender como no vasto mundo falta espaço para os pequenos" Drummond